Como escolher um curso superior

O primeiro passo foi dado: decidiste que queres prosseguir a tua educação no ensino superior. Mas chega agora o momento da próxima (difícil) decisão: a escolha do curso.

Das duas uma: ou tens tudo muito bem resolvido há já algum tempo e sabes exatamente o curso que queres tirar, ou ainda tens algumas dúvidas quanto ao rumo que queres dar à tua vida profissional. Se estás a ler este artigo, o mais provável é que ainda estejas indeciso. Não te preocupes, é bastante normal ter dúvidas. Para te ajudar a seguir o melhor caminho, damos-te neste artigo alguns conselhos e dicas que se poderão revelar úteis no processo de decisão.

Faz uma lista de preferências

A primeira regra para a escolha de um curso superior é selecionar áreas de que gostes realmente. Por esta altura já te deverás ter apercebido que só se é verdadeiramente feliz e bem sucedido quando se trabalha em algo de que se goste. Por isso, pensa bem nos teus gostos e aptidões e imagina como seria passares vários anos da tua vida a exercer uma determinada profissão. 

Se tiveres dificuldade em perceber quais as áreas da tua preferência, ou aquelas para as quais tens mais aptidão, podes sempre recorrer a ajuda profissional através da realização de testes psicotécnicos. Os resultados serão sempre meramente indicativos, no final, a escolha é inteiramente pessoal, claro. 

Depois de avaliadas as tuas preferências, é importante analisares  todos os prós e contras de cada área. Afinal, de que vale escolher uma área e passar vários anos a estudar, para no final não ter acesso a boas condições de trabalho ou até correr o risco de ficar no desemprego?

Pesquisa os cursos disponíveis

Com a área bem definida, faz uma pesquisa dos cursos que te permitirão segui-la profissionalmente. Para além de analisares cada curso no que diz respeito às saídas profissionais e programa curricular, é importante analisares também as Instituições de Ensino Superior que os ministram no que diz respeito à sua credibilidade, instalações e historial. Sugerimos ainda que procures testemunhos de antigos alunos. 

A Universidade de Lisboa tem um programa bastante interessante chamado Verão na ULisboa que te permite, na altura das férias de verão, experimentar a vida académica. Durante uma semana podes usufruir de um plano completo de atividades que te dão a conhecer os conhecimentos básicos, as tarefas e os métodos de trabalho de cada curso da ULisboa. 

Não te esqueças de avaliar também o investimento financeiro associado a uma eventual necessidade de deslocação para outra cidade. Caso haja necessidade de mudares de cidade, para além do valor das propinas, terás também de considerar os custos com transportes, alojamento e alimentação. 

Com todas as pesquisas concluídas, faz uma lista com vários cursos, organizando-os por ordem de preferência. É sempre bom teres várias opções caso as tuas notas não te permitam entrar no curso que escolheste.

Luta pelo que queres

Muitas vezes a escolha do curso acaba por ser influenciada pelas notas que se teve durante o ensino secundário. É, no entanto, importante perceber que nada fica definido até à divulgação das notas obtidas nos exames nacionais da 1ª e 2ª fase. Por isso, se sabes realmente o que queres e tens em mente um determinado curso/área, não baixes os braços e estuda com afinco para que ainda tenhas hipótese de seguir o teu caminho de sonho.

E se eu mudar de ideias?

As pesquisas, análises e ponderações envolvidas nos passos anteriores são importantes para evitares arrependimentos após a escolha do curso. No entanto, as mudanças de opinião e de gostos são normais. 

Quanto mais cedo te aperceberes que afinal não é aquela a área que queres seguir, menos tempo desperdiças, menor é o investimento perdido e menos negativos são os efeitos sobre a tua saúde mental.

Mudar de curso é uma decisão que não deverá, no entanto, ser feita de ânimo leve: pondera bem as razões que te levam a querer mudar de área. Com o processo de introspecção concluído, o pedido de mudança de curso poderá ser feito (de acordo com a DGES) nas seguintes condições:

• tenhas estado matriculado e inscrito noutro curso e não o tenhas concluído;
• tenhas realizado os exames nacionais correspondentes às provas de ingresso fixadas para o curso pretendido nesse ano (os exames poderão ter sido realizados em qualquer ano letivo);
• tenhas as classificações mínimas exigidas pela instituição de ensino superior do curso pretendido;
• satisfaças os pré-requisitos exigidos pelo curso pretendido.

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